A proteção de dados pessoais tornou-se um pilar essencial para o sucesso de startups em um cenário empresarial cada vez mais digital. A conformidade com regulamentações, como a Lei Geral de Proteção de Dados - LGPD e as normas de segurança ISO 27.000, não são apenas uma obrigação legal, mas se tornou um diferencial competitivo crucial para atrair investidores interessados em empresas comprometidas com a segurança e a privacidade dos dados de seus clientes e da sua equipe.
Com a chegada da Lei Geral de Proteção de Dados e seu órgão regulatório, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados - ANPD, muitos pensaram que apenas as empresas grandes seriam a mira das novas sanções. Mas em julho desse ano a ANPD aplicou a primeira multa de R$14.4000 em uma pequena empresa de telemarketing, pela infração e o descumprimento da LGPD. De acordo com a lei, as multas podem chegar a R$50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por infração, ou até 2% do faturamento anual.
Em um ambiente empresarial altamente competitivo que vem crescendo constantemente, aquele que tiver um fator crucial em meio a tantos outros, irá se destacar positivamente aos olhos dos empreendedores. Empresas que incorporam medidas proativas de segurança e proteção de dados, destacam-se como parceiras confiáveis, reduzindo riscos e aumentando a atratividade para investidores que valorizam a integridade e responsabilidade corporativa.
Investidores diligentes avaliam a postura de proteção de dados de uma startup com potencial de investimento, pois a responsabilização em um caso de incidente de segurança, um vazamento de dados, pode refletir em todos, já que a lei é clara a respeito da responsabilidade solidária dos envolvidos. A prevenção é uma forma mais eficiente e econômica do que a correção de problemas após sua ocorrência. Investidores estão atentos a empresas que gerenciam de forma eficaz os riscos desde o início, minimizando potenciais impactos financeiros negativos.
E como começar a adequar sua startup para atrair investidores?
1º passo — Busque uma assessoria especializada que irá realizar uma análise do ecossistema de dados da sua empresa, identificando quais informações são coletadas, processadas, armazenadas e como elas devem ser excluídas.
2º passo — Revise e atualize as políticas de privacidade do seu negócio. É necessário garantir que elas estejam alinhadas aos requisitos legais e sejam comunicadas de forma transparente aos usuários. Isso vale tanto para políticas internas de colaboradores, quanto externas.
3º passo — Compreenda as regulamentações. Com o apoio jurídico certo, treinamentos devem ser realizados com todos os colaboradores da empresa para que estejam alinhados devidamente. As leis de proteção de dados estão em constante evolução, e aqueles que estão atentos a essas mudanças demonstram agilidade e capacidade de adaptação, um ponto valorizado pelos investidores pois indica uma postura proativa na gestão de riscos e na garantia de conformidade contínua.
4º passo — Construa uma cultura organizacional de privacidade. Essa responsabilidade ética empresarial reflete positivamente não só para atrair investidores, mas também atrai consumidores preocupados com a segurança de suas informações pessoais.
Conclusão
A proteção de dados se tornou um alicerce para a confiança e o sucesso a longo prazo. Sendo assim, em um ambiente de negócios onde a integridade e responsabilidade corporativa são cada vez mais valorizadas, aqueles que possuem uma adequação a proteção de dados, saem na frente.
Procure um advogado especializado para te acompanhar e orientar não só durante todo o processo de adequação, mas também posteriormente. Com a mesma velocidade que as tecnologias vêm crescendo, as leis sobre o assunto vêm se adequando e modificando. Estar atualizado e ciente do assunto é fundamental para o seu negócio.
Por Laura Barbosa